sábado, 4 de setembro de 2010

SARTRE E SUAS IDEIAS

SARTRE
O filósofo francês inverte a lógica existencial. Para ele a "existência precede a essência",assim, o homem constrói  sua essência através da liberdade.
Para Sartre o homem é um animal que trabalha e por isso está fadado a fazer escolhas.
O homem para o filósofo pode ser 'em si' ou  'ser para si'.
Que isto significa?
EM SI - o homem vive conforme o já estabelecido, quando aceita a moral exterior, vicem apenas para cumprir regras. Não interiorizam o porquê das coisas. Apegam-se dogmaticamente a uma religião, ou ideologia.
SER EM SI- já é o homemm dono dele mesmo. É viver pela autonomia. É ter coragem para escolher, fazer escolhas e responder por elas.
"O importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz do que fizeram dele" Jean Paul Sartre.

HOMEM SEGUNDO KANT

"O homem tem de viver em dois mundos que se contradizem ...O Espírito afirma o seu sentido e a sua dignidade perante a anarquia e a brutalidade da natureza, à qual devolve a miséria e a violência que ela o faz representar. Mas essa divisão da vida e da consciência cria para a cultura moderna e para a sua compreensão a exigência de resolver uma tal constradição".
                                                                                                 HEGEL

UMA MÁXIMA IMPORTANTE

"Dizer daquilo que é que não é, ou daquilo que não é que é. É falso, enquanto dizer daquilo que é que é, ou daquilo que não é que não é, é verdadeiro"
ARISTÓTELES.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O INDIVIDUALISMO EXARCERBADO DO HOMEM


"Com que intenção os homens procuram reunir-se, é possivel reconhecer pelo que fazem quando reunidos. Se encontram-se para transações comerciais, cada qual defende o interesse próprio, não o do sócio.
E se acontece que as pessoas presentes contem pequenas histórias, e uma delas fala de si, logo as outras passam tambem a fazer o mesmo com enorme avidez. Se alguém relatar um fato notável, os outros relatam tambem os milagres que fizeram; ou, se não fizeram, os inventam"

THOMAS HOBBES

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

TEORIA DE LAKATOS

TEORIA DE LAKATOS


FASIFICACIONISMO DOGMATICO

Essa teoria consiste em aceitar a falibilidade de todas as teorias cientificas sem qualificação, retendo, uma espécie de base empírica infalível. O Falsificacionismo reconhece que não é possível provar qualquer teoria, mas sustenta que seja possível desaprovar teorias, e isso por meio deum contra evidência empírica.

FALSIFICACIONISMO METODOLÓGICO

Explica o que entende pelo conceito recorrendo entre 2 teorias:

PASSIVISTAS- defendem que o conhecimento verdadeiro consiste numa impressão da natureza sobre uma mente perfeitamente inerte; uma atividade mental só pode resultar em preconceito e distorções. Teorias ativistas defendem que não podemos ler o livro da natureza sem atividade mental, sem interpretá-la com base em nossas expectativas ou teorias.

ATIVISTAS- consideram que não podemos ter conhecimento dos fenômenos e suas causas sem atividade mental

Ativistas conservadores- sustentam que nascemos com expectativas básicas, que determinam nossos esquemas conceituais e concepções cientificas.

Ativistas revolucionários – acreditam que estruturas conceituais poder ser desenvolvidas e respostas por outras melhores.

O COMPORTAMENTO SIGNIFICATIVO

O COMPORTAMENTO SIGNIFICATIVO


“Com efeito, o fato de fenômenos sociais serem ‘ coisas’ intelectuais ou sociais em seu caráter – em oposição a serem físicas – depende inteiramente de pertencerem a um sistema de ideias de modo de vida que ela têm, qualquer existência como eventos intelectuais ou sociais. É somente com referência aos critérios que governam este sistema de ideia ou modo de vida que elas têm, qualquer existência como eventos intelectuais ou sociais”.

Para Peter Winch todas as instituições sociais permanentes (família, igreja, etc) são ao mesmo tempo, dependentes e independentes das pessoas.

Assim para se estudar algo a fundo, é necessário que ao menos o sociólogo tenha conhecimento básico e comum daquele objeto.

SOCIEDADE

Segundo Berger a sociedade é produzida pela ação de diversas pessoas, pela maneira com interagem e constroem suas relações; sem as pessoas, na há realidade social, e sem a presença da atividade consciente desses indivíduos, a sociedade seria apenas uma fantasmagoria; não há vida humana sem sociedade. Indivíduos e sociedade estão intrinsecamente ligados.

EXTERIORIZAÇÃO

O homem, como o conhecemos empiricamente, não pode ser concebido independentemente da continua efusão de si mesmo sobre o mundo em que ele se encontra...o ser humano é exteriorizante por essência e desde o inicio... O homem precisa fazer um mundo para si.

OBJETIVAÇÃO

O mundo humanamente produzido se torna alguma coisa ‘ lá fora’. Consiste em objetos tanto matérias quanto não materiais, capazes de resistir aos desejos de seu produtor. Uma vez produzido, esse mundo permanece quer se queira quer não.

Embora toda a cultura se origine e radique na consciência subjetiva dos seres humanos , uma vez criada não pode ser reabsorvida à vontade na consciência. Subiste fora da subjetividade do individuo, como um mundo.

INTERIORIZAÇÃO

O mundo das objetivações sociais, produzidos pela exteriorização da consciência enfrente a consciência como felicidade externa. É apreendido como tal. Mas essa apreensão não pode, por enquanto, ser descrita como interiorização, como tampouco o pode a apreensão do mundo da natureza. A interiorização é antes reabsorção na consciência do mundo objetivado de tal maneira que as estruturas deste mundo vem a determinar as estruturas subjetivas da própria consciência.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SUJEITO E O OBJETO


SUJEITO E O OBJETO


OBJETIVIDADE CIENTIFICA – o cientista não permite que preconceitos, crendices populares, ideias preconcebidas de grupos interfiram na investigação.

SUBJETIVO- significa aquilo que é tendencioso ou parcial; mas também significa aquilo que se refere ao sujeito. Crenças mal fundadas; impossibilidade em que qualquer ser humano se encontrar e superar os limites da subjetividade humana.

IMPLICATURA CONVERSACIONAL- é algo que está implicado no que é dito, mas não de forma lógica.

REGRA MORAL- é uma prescrição que indica com clareza qual os cursos da ação corretos, que devem, portanto, ser adotados.

PRINCÍPIO MORAL – é uma prescrição mais genérica, que não especifica diretamente cursos de ação, mas fornece a razão geral para decidir e agir de determinada maneira.

SUBJETIVISMO – é aquela compreensão pela qual os princípios morais dos quais as regras morais dependem são princípios arbitrários; não há como comparar princípios morais. Enquanto no OBJETIVISMO – os princípios são objetivos, valem em todas as épocas e lugares.



NO QUE CONSISTE O SUBJETIVISMO:

Qualquer valor moral, estético é subjetivo e depende arbitrariamente das pessoas, ou antes, das culturas nas quais as pessoas vivem. Não existe valor melhor que outro, e não se podem comparar culturas diferentes. Qualquer progresso moral está limitado aos princípios internos de uma cultura.

CAUSALIDADE E REALIDADE

CAUSALIDADE E REALIDADE



CAUSA MATERIAL

Para Aristóteles existem 4 causas:

Material- como é feito e permanece na coisa

Formal- essência ou ideia de uma coisa

Eficiente- aquilo que produz a coisa

Final – objetivos ou propósitos da coisa, aquilo para que foi feito.

DAS COISAS MATERIAIS E IMATERIAS SEGUNDO DESCARTES

Descartes distingui 2 tipos básicos de substancia: a mente e a matéria.

Assim substancia mentais são imateriais, indivisíveis, conscientes de si. Já as substancias materiais são extensas, divisíveis e inconscientes.

MATERIALISMO ONTOLÓGICO

As únicas coisas que existem são, partículas físicas e as relações que elas mantêm entre si.

INTRINSECAS- relações entre 2 coisas, se uma delas foi suprimida a outra também desaparece.

PRODUTIVIDADE- capacidade de 1 agente produzir ou tornar real a outra coisa.

LEIS NATURAIS- são aqueles que descrevem regularidades, aquilo que acontece na realidade, ou seja, verdadeiras.

LEIS NORMATIVAS- são aquelas que prescrevem alguma coisa; são leis que nós criamos.

Para PLATÃO as leis das revoluções politicas diz que toda a politica pressupõe uma divisão, geralmente fomentada por interesses econômicos divergentes, interna da elite governante – essa é uma lei natural.

Já a lei normativa é aquela que o governo antigo era melhor, e as mudanças somente pioram a sociedade politica – lei da degeneração-



REALISMO

As teorias científicas são reflexos daquilo que realmente acontece na sociedade – fotografia da realidade-



INSTRUMENTALISMO

As teorias cientificas não são verdadeiras nem falsas. O que importa é se a teoria nos capacita a lidar com a realidade. As teorias são melhores ou são piores.

CRITICISMO

Mantem a noção de verdade. Não somos capazes de saber como a realidade é de uma forma definitiva, ou seja, podemos nos aproximar da verdade.

HOLISMO E INDIVIDUALISMO

HOLISMO E INDIVIDUALISMO


Totalidade é uma composição de outras unidades.

Entes sociais e indivíduos são todos totalidades; seres humanos. Se não houver seres humanos não há entes sociais.

ENTES SOCIAIS- são agrupamentos, unidades de pessoas que utilizam recursos físicos, têm objetivos e interesses comuns, tradições e histórias que os diferenciam de outros entes sociais.

A concepção segundo a qual uma sociedade se assemelha ao corpo humano, sendo anterior e mais do que a mera soma de seus membros, chama-se HOLISMO. A concepção que nega ser a sociedade independente, em um sentido mais forte, dos indivíduos que a formam, chama-se INDIVIDUALISMO.

HOLISMO

É uma concepção organicista da sociedade, já que considera que seus integrantes adquirem sentido e propósito a partir de seu papel social. Não apenas a sociedade é mais do que a soma dos indivíduos e de suas relações puramente pessoais, mas os indivíduos são na medida em que integram uma sociedade.

O ser humano só é humano na medida em que vive em sociedade.

Definição – Holista é toda concepção de sociedade que valoriza a totalidade social e subordina o individuo a ela. A sociedade é uma totalidade natural, e o individuo nada é sem ela.

Ao aplicar a concepção holística de sociedade à determinação dos métodos pelos quais se pode estuda-la cientificamente, temos o HOLISMO METODOLÓGICO.

HOLISMO METODOLÓGICO – é uma perspectiva epistemológica segundo a qual o estado dos fenômenos sociais deve considerar a totalidade social, e compreende-los a partir desta totalidade. Da mesma forma, as ações dos indivíduos só se tornam compreensíveis relacionadas à sociedade enquanto unidade.

INDIVIDUALISMO

É a concepção segundo a qual os indivíduos tem precedência sobre a sociedade.

Primeiro porque uma sociedade nada mais é do que uma coleção de indivíduos e as relações que mantem entre si. A sociedade é sempre posterior ao individuo. Inicialmente existem os indivíduos, e a sociedade é criada por eles,

De acordo com este modelo, existe uma abordagem individualista que é o contratualismo, no qual resulta a sociedade num contrato, entre seus membros, tendo em vista interesses comuns, concordam em estabelecer conjunto de regras

O INDIVIDUALISMO é o oposto ao HOLISMO, E VALORIZA O INDIVIDUO, enquanto ser autônomo, independente, e subordina a totalidade social aos indivíduos que a compõem. A sociedade é uma totalidade artificial.

INDIVIDUALISMO METODOLÓGICO

O individualismo metodológico é uma perspectiva epistemológica, segundo o qual as explicações dos fenômenos sociais e dos entes sociais dependem das ações e intenções dos agentes individuais que constituem e criam as instituições sociais.

INDIVIDUOS REAIS – são pessoas reais.

INDIVIDUOS TIPOLÓGICOS – são modelos para o comportamento individual.

INDIVIDUALISMO INTERPRETATIVO – apesar de a sociedade ser um produto dos indivíduos, depois que ela se constitui ele pode vir a influenciar na psicologia dos indivíduos e modifica-los.

EXPLANAÇÃO CIENTIFICA

EXPLANAÇÃO CIENTIFICA
INDUTIVISMO
Busca-se a conclusão e não a testabilidade. (realizar previsões).
É a concepção geral de que as teorias científicas se baseiem em processos indutivos de raciocínio, isto é, hipóteses cientificas, diferentes de meras adivinhações, são elaboradas a partir de observações, somente podem se justificar se dependem do raciocínio indutivo, e tem por objetivo descobrir regularidades.
INDUÇÃO SIMPLES- se observarmos que uma série de coisas ou eventos similares possuem uma mesma característica e não sabemos de nenhuma coisa ou evento daquele tipo sem aquela qualidade, concluímos que todos os eventos daquele tipo possuem aquela característica; ex – todos os corvos são pretos.
Raciocínio analógico – quando comparamos duas coisas, diferentes em tipo e não só em grau, para à partir do que parece claro, ampliar o entendimento do segundo. Obs- tudo que acontece tem uma causa.
Indução por analogia- quando comparamos 2 coisas e, sabendo que são semelhantes em diversos aspectos, nós inferimos que são também semelhantes em algum outro aspecto, que observamos em uma delas, mas não nas outras.
INFERÊNCIA PARA MELHOR EXPLICAÇÃO
(inferência) é um processo pelo qual se extrai uma conclusão de premissas aceitas( mesmo que provisoriamente)
Uma forma que aproxima o dedutivismo ao indutivismo.
A estrutura se baseia na situação de que 1- se explica os dados 2- os explica melhor que qualquer teoria alternativa.
DEDUTIVISMO (testabilidade)
Abordagem que desloca-se da ênfase da tentativa de obter teorias cientificas verdadeiras ou válidas, para a noção de testabilidade. A testabilidade de uma teoria difere de sua confirmabilidade.
“Para o Dedutivismo, não importa como se chega à teoria cientifica, o que importa é como se testa uma teoria cientifica”
PARA COMPARAR
Podemos o indutivismo e o dedutivismo por meio da distinção entre contexto da descoberta e contexto da justificação. Por contexto da descoberta entende-se como, através de que processo, qual a história da invenção de uma teoria. Por contexto da justificação entende-se a forma pela qual uma teoria é comprovada ou refutada, os critérios utilizados para sua aceitação ou recusa. Assim, para o indutivismo, o contexto de descoberta e o de justificação são equivalentes; se uma teoria é proposta por meio de processos adequados, ela também é valida.